Conheça a Nova Medicina Germânica
- Bruna Montechieze Cassemiro
- 16 de nov. de 2017
- 4 min de leitura

COMO SURGIU?
Em agosto de 1978, o Dr. Ryke Geerd Hamer, médico e chefe de medicina interna na clínica de oncologia na Universidade de Munique, recebeu a trágica notícia de que seu filho Dirk tinha sido alvejado. Dirk acabou por falecer em dezembro de 1978. Alguns meses depois, o Dr. Hamer foi diagnosticado com cancer testicular. Como nunca tinha estado seriamente doente, ele supôs que o desenvolvimento da doença pudesse estar diretamente relacionado com a perda trágica do seu filho.
Com o conhecimento prévio adquirido sobre o cancer, o Dr. Hamer iniciou a investigação por analisar o histórico pessoal dos seus pacientes. Ele descobriu que, como ele, todos já tinham passado por uma experiência excepcional e estressante antes do desenvolvimento da doença. Partindo da hipótese que todos os eventos que acontecem no nosso corpo são controlados pelo nosso cérebro, ele analisou as tomografias dos seus pacientes e as comparou com seus históricos médicos. Foi descoberto que todas as doenças, não somente o cancer, são controladas por partes específicas no cérebro e que estão relacionadas com a existência de identificável “choque conflituoso”.
O Dr. Hamer acabou por chamar as suas descobertas de “As Cinco Leis Biológicas da Nova Medicina Germânica”, isto porque essas leis biológicas são aplicáveis a qualquer paciente e oferecem um entendimento completamente novo sobre as causas, o desenvolvimento e o processo natural da cura das doenças.
A ORIGEM DA DOENÇA
Apesar da maioria das vezes consideramos os sintomas e as doenças como algo negativo e que surgem para nos prejudicar, a Nova Medicina Germânica nos mostra um novo caminho para o entendimento destes processos. O Dr. Hamer estabeleceu que “qualquer” doença é causada por um choque conflituoso que apanha o indivíduo completamente desprevenido. Em honra do seu filho, o Dr. Hamer chama este evento estressante e inesperado de Síndrome Dirk Hamer ou DHS. O DHS é um incidente muito pessoal condicionado pelas nossas experiências passadas, vulnerabilidades, percepções individuais, valores e crenças. Ainda assim, um DHS não é só psicológico, mas é um conflito biológico que tem de ser compreendido no contexto da nossa evolução.
Os animais vivenciam estes conflitos biológicos em termos concretos, por exemplo, através da perda repentina de um ninho ou de um território, a perda de uma cria, a separação de um companheiro ou de um grupo, uma súbita ameaça pela falta de alimento ou mesmo um medo de morte. Com o tempo a mente humana adquiriu uma forma de pensar figurativa. Isso faz com que vivenciemos estes choques biológicos igualmente de outra forma. Vejamos, um homem pode sofrer um “conflito de perda de território” quando, por exemplo, inesperadamente perde a sua casa ou o seu trabalho. Uma mulher que tem um “conflito com o ninho” pode ser traduzido como sendo uma preocupação existente para com um “membro do ninho”; um “conflito de abandono” pode ser ativado quando surge de repente um divórcio ou por alguém ser rapidamente levado para o hospital.
A razão pela qual conflitos estão relacionados a partes específicas do cérebro deve-se ao fato de que, durante a nossa evolução, cada parte foi programada para responder instantaneamente ao conflito que poderia ser uma ameaça a nossa sobrevivência. O chamado “cérebro antigo” (tronco cerebral e cerebelo) está programado para controlar o básico da nossa sobrevivência como respirar, comer ou reprodução, no entanto, o “cérebro novo” (cérebro) está programado para situações mais avançadas, como por exemplo, conflitos territoriais, conflitos de separação, conflitos de identidade e conflitos de perda de auto-estima.
As pesquisas do Dr. Hamer encontram-se intimamente associadas a ciência da embriologia. O fato de um determinado órgão responder pelo crescimento de um tumor, pela deterioração do tecido ou por uma deficiência funcional é determinado pela camada germinativa que, durante a embriogênese, define a origem tanto do tecido cerebral como do órgão correspondente.
Descobriu-se que todas as doenças decorrem em duas fases. Durante a primeira fase, ou fase ativa do conflito, o organismo está direcionado para lidar com o conflito. Enquanto decorre, a nível físico, uma alteração significativa nas células, a psique também tenta lidar com esta situação inesperada. A mente passa para um estado de estresse (simpaticotonia) e passa a preocupar-se totalmente com o conteúdo do conflito. Distúrbios do sono e falta de apetite são sintomas típicos. Biologicamente falando, isto é vital porque o foco no conflito e as horas extras acordado providenciam as condições para que se avance em direção a resolução do conflito. A fase ativa do conflito é também chamada de “fase fria”. Visto que os vasos sanguíneos estão contraídos durante o estresse, os sintomas típicos desta fase são extremidades frias (mãos frias), calafrios e suores frios. A intensidade de tais sintomas depende, naturalmente, da intensidade do conflito.
A resolução do conflito inicia a segunda fase. As nossas emoções e o organismo mudam imediatamente para o modo de cura com a ajuda de um sistema vegetativo, a “vagotonia”. Durante a fase da cura o apetite retorna, mas estamos muito cansados (podemos nem conseguir sair da cama). O descanso e o suprimento de nutrientes são essenciais enquanto o corpo tenta curar-se. Esta fase é também chamada de “fase quente”, isto porque durante a vagotonia os vasos sanguíneos alargam fazendo com que as mãos aqueçam, bem como os pés e a pele num todo.
A partir desta percepção, nota-se que todas as manifestações que o organismo apresenta tem o intuito de proteção e preservação. As doenças e os sintomas surgem como modulações e adaptações do próprio corpo para encontrar a sintonia do funcionamento de suas funções. Compreender os processos biológicos e as reais causas pode ser o caminho para adquirir consciência do que se passa em nossas vidas e, consequentemente encontrar a cura de nós mesmos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Markolin, C. Nova Medicina Germâmica (GNM): O paradigma da medicina do Dr. Hamer. EXPLORE! Vol. 16/Nr.2. Vancouver, 2007.
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